segunda-feira, 7 de março de 2011

O Copo


Qual o seu?

Um texto reflexivo desce bem acompanhado de uma boa música, como os gostos são distintos não postei nenhuma para que possam ouvir a que mais lhe agradem enquanto leiam esse texto, recomendo, pois faz diferença.

Vou iniciar com a pergunta?! Destes três copos, qual é o seu? Através desse contexto é possível criar várias metáforas, como a do copo metade cheio ou metade vazio, no entanto eu optei não me limitar a ele, mas sim às três possibilidades. Nossa vida a todo instante se depara com a dúvida de saber se ela é vazia, se está completamente e suficientemente cheia, ou se estamos na metade do caminho. Completamente difícil distinguir o que somos. Por exemplo, diante de algumas situações podemos estar perfeitamente completos, como na nossa capacidade de falar, quando completamos nossa arcada dentária, quando aprendemos a ler (aprendemos a ler e basta, não há como desaprender), quando sabemos compreender que uma bola é uma bola, quando sabemos que amamos nossa mãe, nosso pai, quando sabemos se somos homem ou mulher, enfim há várias maneiras de expor essa idéia. Agora vá preenchendo isso dentro de seu copo e olhe mais adiante pensando o que o futuro lhe reserva, já imaginou a imensidão do desconhecido que ainda há de ser descoberto? Seu copo desta forma estaria praticamente vazio. Mas não parece ser pobre e inútil dizer que o copo de nossa vida está vazio, isso não soa negativo em nossa sociedade, tal como um ser pessimista e fracassado, que ao menos não é capaz de consagrar suas próprias conquistas?? Pois é, esse é o maior medo, o fracasso é o terror da humanidade, assim como a arrogância, são extremos altamente perigosos. A arrogância limita o homem e faz dele pensar que já é o suficiente. Eis ser sábio aquele que nada sabe, assim como diz o glorioso Sócrates “ Só sei que nada sei” , frase aparentemente simples mas surpreendente, quanto mais sabemos mais ignorância absorvemos, parece ser contraditório mas quanto maior a sabedoria que temos, nossa ignorância se multiplica. Agora retornando ao nosso copo, conseguem visualizar?? Nesse contexto é impossível de preenchê-lo, nosso saber é tal como nosso o universo, infinito, imprescindível e imprevisível. A subjetividade também interfere nas análises, cada um considera um peso díspar de sua conquista, obviamente variando da realidade vivenciada. A maior incerteza em medi-lo é a incerteza do amanhã, como medir algo que não sabemos a sua totalidade? Ao mesmo tempo em que enchemos a água do copo vamos moldando o tamanho total de seu formato, seu tamanho está diretamente ligado a extensão de nossa vida e o que tem dentro dele é o que aprendemos com ela. Agora, você pode estar pensando porque água e não outro líquido?!? Uma Coca-Cola seria um líquido mais apreciável e adoçante, não?! Pois digo que não, o doce nos torna parcial para o seu lado, nada melhor do que a neutralidade, a fonte da vida, esta que podemos ver e medir mesmo com sua transparência, assim como o copo deve ser de vidro, oras, quem nunca mergulhou nessas “águas” para retomar aquilo que já vivenciou, para compreender o que já presenciou e para entender a própria natureza. Pois então, para isso deveríamos estar dentro do copo e podendo enxergar o lado de fora, daquilo que estaríamos prontos ou não a encarar e medir “ será que o que temos é o suficiente para conseguirmos?”, não fazemos isso todo o tempo ao dar de cara com um desafio?
O copo do saber deve estar sempre mais vazio do que cheio, o copo do moralismo deve estar disciplinado na razão do equilíbrio, com sua metade cheia e a outra vazia. O único copo cheio é aquele destinado a nossa motivação, ao desejo de querer mais, de aprender. Mas lembre-se, o copo de vidro é transparente... mas frágil, um erro pode trincá-lo e a persistência nele pode quebrá-lo e há de perder tudo o que conquistou. O que você é e vai ser não se resumirá naquilo que fez, mas como terminou o q fez.
E então, o quanto seu copo está preenchido?

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